sexta-feira, 23 de julho de 2010

ELE ESTÁ CHEGANDO...

FUTEBOL NO BRASIL E NA EUROPA

Duas imagens, mil palavras

qua, 21/07/10
por marcelo barreto |
categoria Futebol

sportGuardo na lembrança um dia emblemático nas diferenças entre o futebol brasileiro e o europeu. Não vou recitar de cor a data, que a memória já não chega a tanto – na verdade, chega a cada vez menos. Mas sei que participei, naquela jornada, de duas edições do Tá na Área: uma antes de Alemanha e Croácia, pela Eurocopa; e outra antes de Sport x Corinthians, segundo jogo da final da Copa do Brasil.

Direto da Áustria ou da Suíça (a memória…) chegaram imagens aéreas dos ônibus de alemães e croatas atravessando um lindo bosque num dia ensolarado. Os jogadores desciam, com seus fones de ouvido, diante de um túnel que levava diretamente ao campo – com um desvio à esquerda e outro à direita para os vestiários, onde as camisas estavam penduradas nos cabides e as chuteiras brilhavam em pares pelo chão. Tudo registrado pelas câmeras, sem a presença de qualquer pessoa que não fosse absolutamente necessária à cena. O reconhecimento do gramado e o aquecimento também renderam belas imagens, com a colorida festa das torcidas na arquibancada. Tudo muito vivo, brilhante e com um super slow aqui e ali.

O ônibus do Corinthians agarrou na entrada da Ilha do Retiro. Os jogadores desceram isolados do batalhão de repórteres por um cordão de seguranças parrudos de mãos dadas. Os do Sport, que se concentraram na área do estádio, só precisavam atravessar a pé o estacionamento – onde o técnico Nelsinho Baptista foi surpreendido pelos jornalistas e quase levou uma microfonada na cabeça. No campo, a iluminação não era das melhores e o gramado estava esburacado.

balaSe dependesse do que chamamos de pré-hora no jargão da televisão, não havia dúvidas: o jogo da tarde seria muito melhor do que o da noite. Mas a bola rolou e desmentiu o contraste das imagens: Sport e Corinthians foi muito mais divertido de ver do que Alemanha e Croácia. O futebol brasileiro – peço que entendam que a crítica aqui é geral, e que a Ilha do Retiro foi usada apenas como exemplo – ainda não aprendeu a mostrar ao mundo um espetáculo limpo visualmente, como vimos naquela Eurocopa e acabamos de ver, com mais força do que nunca, na Copa do Mundo, levada ao mundo pelas 32 câmeras que a Fifa disponibilizava em cada jogo, sem contar o show de edição e recursos visuais.

Voltei a pensar naquele dia enquanto assistia à rodada do Campeonato Brasileiro. Esta semana, depois de ouvir de meu amigo Aydano André Motta que Santos e Fluminense foi melhor do que quase todos os jogos da Copa, assisti no Redação SporTV ao debate sobre um post no blog do jornalista inglês Tim Vickery, falando do choque de realidade que os jogadores brasileiros enfrentam quando vão para a Europa (e lá encontram um jogo mais rápido e mais duro) e reclamando da qualidade do futebol no Brasileirão.

alanUma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Primeiro, a velocidade. Já fui muitas vezes chamado de velho nos comentários sobre posts que falavam do jeito de jogar futebol ontem e hoje, mas preciso me arriscar de novo: ainda não me convenci de que jogar depressa é jogar bem. Os contra-ataques da Alemanha na Copa eram, sim, belos exemplos de um casamento entre velocidade e eficiência. Assim como a jogada que resultou no gol do Fluminense e aquela que quase deu o empate ao Santos, diga-se de passagem. Mas e a Espanha? Posso ter entendido errado, mas achei que a principal virtude dos campeões mundiais foi conseguir reduzir o ritmo dos adversários com o talento que seus jogadores tinham para tocar a bola, controlando o tempo.

E é aí que entra a outra coisa, a qualidade. Faz sentido reclamar do nível geral dos jogadores em atividade no Brasil. Ainda temos muita coisa boa por aqui, mas não é fácil manter o padrão num país fornecedor de mão de obra. Em campeonatos compradores, como o inglês, montam-se os times realizando os sonhos mais loucos de seus managers. Alguns, inclusive, brasileiros – e os que sobrevivem ao choque de realidade conseguem fazer a diferença com seu talento, mesmo em meio a toda aquela velocidade, como fizeram os espanhóis na Copa. (Aliás, a seleção brasileira foi à África do Sul com uma proposta mais baseada na velocidade do que no talento, e talvez esse tenha sido seu maior erro.)

Há ainda alguns fatores externos que afetam a qualidade do jogo, lá e cá. Para ficar no exemplo do futebol inglês, o que se viu na era pós-relatório Taylor foi o investimento no futebol como espetáculo. A arbitragem foi orientada a apitar menos faltas, a deixar o jogo correr. Os campos ficaram mais estreitos, para evitar o toque de bola lateral e forçar o jogo na direção da área adversária. Os estádios, reformados primeiro por questões de segurança, acabaram transformados em cenários, com arquibancadas próximas ao campo, permitindo um show de imagens em close. Tudo fica mais rápido, mais dinâmico, mais televisivo – porque quem paga a conta do show é o contrato bilionário de transmissão.

estadiosPor aqui, ainda temos o atacante que se oferece para a falta quando recebe a bola, o zagueiro que já chega para fazê-la e o juiz com o apito nervoso na boca, louco para marcá-la. Campos meio quadrados, de grama alta e descolorida. Estádios velhos, amplos demais e mal iluminados. Por mais bonito que se jogue, a imagem fica mais feia do que a de uma pelada num campeonato europeu. A parte estrutural tende a mudar, puxada pela Copa de 2014, e pode levar junto o ranço cultural.

Agora, mesmo que o futebol brasileiro mude e valorize o espetáculo das imagens, não vejo razão para correria. Nem as 32 câmeras da Fifa conseguiram dar alguma graça ao que Nova Zelândia, Argélia, Itália, França e – com exceção ao gol de Gerrard – Inglaterra fizeram na Copa. Já a tabela do Inter que acabou no gol de Alecsandro, que vi há pouco, fica bonita até em preto e branco. Uma imagem que fala mais do que as mil palavras deste texto.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

FUTEBOL E POLÍTICA NA TERRA DOS "LIVRES"


New Yorker: Ódio do futebol encobre desprezo por hispânicos

por Hendrik Hertzberg, na coluna The Talk of the Town, New Yorker, 12 a 19 de julho de 2010

Tradução do Viomundo

Os americanos odeiam futebol? Não o futebol regular, naturalmente. Não o futebol da primeira das dez jardas, da jogada longa, dos acertos tardios e dos times especiais, das cheerleaders pneumáticas em roupas curtas, das concussões cerebrais em série — o jogo que todos os americanos amam, com exceção de alguns cabeçudos. Não aquele. O outro. Aquele cujo princípio básico do jogo é chutar uma bola com o pé. Aquele que o resto do mundo chama de “futebol”, exceto quando é chamado (por exemplo) futbal, futball, fútbol, futebol, fotball, fótbolti, fussball ou (como na Finlândia) jalkapallo, que traduz literalmente como “futebol”. Aquele.

A questão é colocada agora — como surge periodicamente por oito décadas — por conta da Copa do Mundo, o torneio global quadrienal do esporte que aqui é chamado de soccer. “Soccer”, por sinal, não é um neologismo ianque mas uma palavra de impecável origem britânica. Deve-se a sua invenção a um esporte rival, o rugby, cujos proponentes estavam lutando uma batalha perdida pela marca “futebol” mais ou menos na época em que estávamos preocupados com uma guerra mais sanguinária, a Guerra Civil. O apelido do rugby era (e é) rugger e seus jogadores são chamados ruggers — uma coisa da classe alta, que usa “champers” para champagne. “Soccer” é o equivalente de ruggers no palavreado de Oxford. O “soc” é diminutivo de “assoc”, para “futebol de associação”, as regras que foram codificadas em 1863 pela toda poderosa Football Association, a FA — a FA sendo no Reino Unido o que a NFL, NBA e MLB são nos Estados Unidos. Mas onde estávamos? Ah, sim. Os americanos odeiam futebol? Soccer, quero dizer?

Aqui está uma resposta plausível: nós não odiamos. Os que não odeiam somam cerca de 20 milhões que ficaram dentro de casa em um sábado de clima agradável para ver Gana se juntar à Inglaterra, Eslovênia e Argélia na lista de países que este ano foram derrotados ou empataram com os Estados Unidos na Copa do Mundo. Ficamos decepcionados — Gana venceu por 2 a 1 e mandou nosso time para casa desde a África do Sul. Ainda assim, 19,4 milhões, o número registrado pela audiência do Nielsen, é um monte de gente. Não foi apenas o recorde de pessoas que viram um jogo de futebol nos Estados Unidos. É mais gente, na média, que aqueles que viram a World Series [Nota do Viomundo, que torce para os Yankees, de Nova York: final do "campeonato mundial" de beisebol dos Estados Unidos, disputada entre dois times americanos] do ano passado, transmitidas em horário nobre. É alguns milhões a mais que os que viram o Kentucky Derby [principal prova de turfe] ou a final do Masters de golfe ou a Daytona 500, a jóia da coroa da NASCAR [categoria mais popular de automobilismo nos Estados Unidos].

E nós não apenas assistimos. Nós praticamos. É estimado que haja cinco milhões de adultos americanos praticando soccer nos Estados Unidos de forma regular. As crianças são doidas por futebol, especialmente as mais novas. Mais crianças americanas praticam futebol, informalmente ou em ligas organizadas, que qualquer outro esporte coletivo. O soccer pode ser importado, assim como toda nossa população não nativa, mas está a caminho de se tornar algo tão americano quanto a pizza, o taco e as batatas fritas [french fries]. (E a maternidade: apesar da Sarah Palin, as “soccer moms” — um termo introduzido no mundo político em 1996, por um consultor republicano — representam um traço demográfico chave).

[Nota do Viomundo: "Soccer moms" são as mães que levam os filhos para jogar futebol em ligas locais nos fins-de-semana, ou que vão levar e buscar os filhos e filhas nos treinamentos de futebol que acontecem nas escolas. Elas ficam incentivando as crianças ao lado do campo e trocam figurinhas sobre os assuntos essenciais do subúrbio americano, inclusive sobre política. Subúrbio nos Estados Unidos não é pejorativo, são os condomínios abertos de classe média]

Naturalmente, o soccer tem enfrentado desafios nos Estados Unidos, a maioria deles devido a ser uma novidade na arena do comércio americano. O entusiasmo das crianças é ótimo, mas se fosse suficiente a Nike inventaria uma divisão dedicada à queimada. Comparado com seus rivais já estabelecidos, o soccer é ruim para a exploração televisual. O caráter contínuo do jogo, de ação quase ininterrupta, nega os intervalos necessários para promover cerveja e para permitir que se vá à geladeira apanhar uma. O expediente de vender espaço no corpo dos jogadores — encher os uniformes com logos corporativos do pescoço ao umbigo — é bem menos que satisfatório. Além disso, o campo de futebol é bem maior que o grid do futebol americano ou o diamante do beisebol e a coreografia do jogo exige ângulos abertos de câmera. Na TV, os jogadores aparecem minúsculos — um problema para aqueles que não estão equipados com as telas enormes de TV.

Os americanos odeiam o soccer? Bem, alguns de nós desgostamos moderadamente — não do jogo em si, mas do que acabou representando. Mas nesta primavera os ataques anti-futebol da direita deram um salto equivalente à venda das TVs gigantes. Em 1986, Jack Kemp, o ex-quarterback do Buffalo Bills que se tornou deputado republicano, foi à tribuna do Congresso para se opor a uma resolução que apoiava a tentativa dos Estados Unidos (que acabou bem sucedida) de sediar a Copa do Mundo de 1994. Nosso futebol, ele declarou, incorpora o “capitalismo democrático”; o futebol “deles” é “socialismo europeu”. Kemp, no entanto, estava brincando.

Hoje os conservadores que atacam o futebol não parecem estar de brincadeira. As reclamações deles são variações do tema “não americano”. “Eu odeio o soccer talvez porque o mundo goste tanto dele”, Glenn Beck, a estrela da Fox News, proclamou. (Também, “as políticas de Barack Obama são uma Copa do Mundo”). O que realmente incomoda “os bobos críticos da esquerda”, editorializou o Washington Times, é que “os esportes mais populares nos Estados Unidos — futebol, beisebol e basquete — tiveram origem aqui na Terra dos Livres”. No site do American Enterprise Institute o colunista do Washington Post Marc Thiessen, autor de discursos de George W. Bush, escreveu que o “soccer é um esporte socialista”. Também, que é “um esporte coletivista”. Também, “talvez em tempos de Barack Obama o soccer vai finalmente pegar nos Estados Unidos. Mas suspeito que socializar o gosto dos americanos em relação a esportes é uma tarefa mais difícil que socializar nosso sistema de saúde”.

E, então, há G. Gordon Liddy. Soccer, ele disse aos ouvintes de seu programa de rádio, “vem da América Latina e primeiro temos de lidar com este termo, hispânicos. Isso indicaria o idioma espanhol e, sim, essas pessoas na América Latina falam espanhol. Isso é porque os conquistadores que vieram da Espanha — como você sabe entre eles não estava um grande número de caucasianos — conquistaram os indígenas, conquistaram os indígenas e os indígenas adotaram o idioma de seus conquistadores. Mas o que chamamos de hispânicos na verdade são indígenas sul americanos. E este jogo, penso eu, se originou com os indígenas sul americanos e em vez da bola eles usavam uma cabeça, a cabeça decapitada de um guerreiro inimigo”.

O convidado de Liddy, um “crítico de mídia” conservador chamado Dan Gainor, respondeu cautelosamente (“o soccer é um jogo tão básico que provavelmente você pode seguir várias pistas sobre suas origens”), mas ao mesmo tempo afirmou que “toda a questão hispânica” está entre as razões que fazem “a esquerda” promover o jogo “em escolas do país”.

Nós odiamos o soccer? Isso depende de quem “nós” pensamos que somos. Uma das coisas que o charmoso livro “Como o soccer explica o mundo”, de Franklin Foer, explica, é como o futebol, com a globalização e seus efeitos unificadores, nos dá oportunidade para a expressão de ideias nacionalistas, não necessariamente anti-liberais, e para a expressão do tribalismo, que quase sempre é anti-liberal. A soccerfobia da direita americana é tribalismo mascarado de nacionalismo. Um de cada quatro telespectadores daqueles vinte milhões que viram o jogo Estados Unidos vs. Gana estava assistindo a Univision, a principal rede de televisão hispânica dos Estados Unidos. Os outros três eram — bem, quem sabe… Liberais provavelmente, ou algo pior [Nota do Viomundo: A palavra "liberal", nos Estados Unidos, é usada em contraposição a "conservador"]. Deu. Cartão amarelo ou vermelho. Talvez o soccer nunca se torne o jogo americano (embora já seja um deles), mas os Estados Unidos são jogo para o soccer. Somos a Terra dos Livres, não? Podemos ser a terra do chute livre, também?

FIFA X ONU O DILEMA DA ÁSIA

8 de julho de 2010 às 2:12

London Review of Books: Fifa vs. ONU

FIFA versus ONU

4/7/2010, R.W. Johnson, London Review of Books, vol. 32, n. 13, ed. impres. 8/7/2010

Tradução Caia Fittipaldi

Aconteça o que acontecer daqui em diante, já foi excelente Copa do Mundo, para a Europa. Não só porque holandeses e alemães já despacharam devidamente Brasil e Argentina – no caso da Argentina, massacre que talvez custe o emprego de Maradona (e Dunga já foi demitido) –, mas porque três, dos quatro finalistas, são europeus. E, isso, mesmo depois de Itália, França e Inglaterra também terem sido rapidamente descartadas.

Haver três europeus entre quatro finalistas é detalhe que conta na política da FIFA. E a FIFA conta. Afinal, a FIFA é maior que a ONU. 207 membros da FIFA já se inscreveram para disputar a Copa do Mundo de 2014. A ONU tem só 192 Estados-membros. Também não é só porque Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte competem separadas da Inglaterra. O mesmo acontece em outras áreas. A China é membro da FIFA, tanto quando outros chineses de Taipei, Hong Kong, Macau e Mongólia, cada um com uma federação nacional de futebol. E, claro: enquanto a ONU vive atolada em dívidas, a FIFA tem bilhões em caixa.

A grande questão é que o número de 32 finalistas para disputar a Copa do Mundo permite representações de todos os cantos do mundo. Atualmente, 13 federações europeias, quatro ou cinco asiáticas, uma ou zero da Oceania, cinco da África, três ou quatro da América Central e do Norte e Caribe, quatro ou cinco da América Latina, e a nação anfitriã.

As 54 nações africanas vivem a tentar obter maior número de representantes, mas de fato os representantes africanos cairão de seis para cinco em 2014 – para encaixar o Brasil que substitui a África do Sul nos serviços de hospedar a competição. É provável, portanto, que o número de Latino-Americanos pule para seis. Na prática, o lugar extra para a América Latina é praticamente garantido, porque a indicação depende apenas de fácil play-off entre equipes muito mais fracas da América Central: em 2010, para classificar-se, o Uruguai teve de vencer apenas a fraca Costa Rica.

A verdadeira anomalia é a fraqueza dos grupos de Oceania e Ásia por um lado, e a força muito superior da Europa.

Entre os competidores europeus, estão Rússia, Áustria, Croácia, Turquia e os tchecos, todos com respeitáveis currículos como finalistas em Copas do Mundo. E, isso, sem falar de Hungria, Polônia, Bélgica e Ucrânia. Muitos desses países já estão ricos ou estão enriquecendo depressa e já se constituem importantes alvos-mercados para a TV Copa do Mundo.

Dado que todos os times mais ricos já estão na Europa, não há dúvida de que a lógica da economia, tanto quanto a lógica da bola, levarão a aumentar cada vez mais o número de finalistas europeus.

Se o futebol fosse administrado como o cricket na Índia, aconteceria exatamente isso, sem dúvida alguma – porque, uma vez que o dinheiro e os grandes números de televisão estão na Índia, o cricket internacional acontece, cada vez mais, em torno da Índia.

Pois é exatamente o que a FIFA mais inveja, porque a sessão asiática da FIFA é pateticamente fraca. Só há futebol decente no Japão e na Coreia do Sul. Nenhum dos gigantes asiáticos – China, Índia, Paquistão, Indonésia, Vietnã ou Malásia – é bom de bola. E pouco melhora se se inclui o Oriente Médio na Ásia.

Para piorar, os lugares extra que a FIFA reservou para ser ocupados pelas massas asiáticas acabaram por se ocupados por Nova Zelândia e Austrália, que absolutamente não interessam à FIFA.

Sepp Blatter construiu uma carreira pavimentada de votos africanos, porque prometeu que haveria uma Copa do Mundo na África – aposta boa, que lhe valeu 54 votos africanos.

Mas o futuro da humanidade virá da Ásia e a qualidade do futebol precisa melhorar por lá, ou o futebol nunca será jogo global. Mas, sim, em certo sentido, pode-se acalentar esperanças de que ainda chegue lá.

Afinal, Blatter tem salário muito maior que Ban Ki Moon, imensíssimos recursos e quantidade muito maior de poder real. Blatter jamais trocaria seu emprego pelo emprego de Moon, embora, claro, também tenha lá os seus problemas.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

REAJUSTE DE PISO DO PROF NÃO PODE FICAR ABAIXO DA INFLAÇÃO

Reajuste de piso do professor não poderá ficar abaixo da inflação

DE BRASÍLIA

Projeto aprovado no Senado nesta quarta-feira manteve o critério de reajuste do piso dos professores e acrescentou que o percentual de aumento não poderá ficar abaixo da inflação.

O piso foi instituído em 2008 com o valor de R$ 950 para uma jornada de 40 horas semanais. A lei previa que o reajuste deveria ocorrer anualmente pelo mesmo percentual de aumento do valor por aluno do Fundeb (fundo para a educação básica), que ficou em 7,5% de 2008 para 2009.

Governos estaduais, no entanto, criticaram esse critério, sob a justificativa de que ele iria desequilibrar as contas públicas. No ano passado, acatando esse argumento, o governo Lula enviou ao Congresso proposta para que o critério de reajuste fosse substituído pela variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que, em regra, é menor do que a do Fundeb. No ano passado, ficou em torno de 4%.

O Senado, no entanto, não acatou a proposta do Executivo. Se o texto não for modificado, portanto, o reajuste deverá ser feito pelo valor do Fundeb ou, caso esse percentual fique abaixo da inflação, pelo INPC.

O texto ainda será apreciado pela Câmara dos Deputados.

Atualmente, de acordo com parecer da AGU (Advocacia-Geral da União), o piso está em R$ 1.024. Sindicatos de professores, no entanto, defendem um valor maior, sob o argumento de que não houve reajuste em 2009.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

DERRUBEM O PRESIDENTE

Neste eu assino embaixo...

Copa 2010 | 16:56

DERRUBEM O PRESIDENTE

Ricardo Teixeira é presidente da CBF há 21 anos. Não foi eleito por ninguém a quem devamos alguma consideração. Foi eleito pelos patetas dos presidentes das federações estaduais. São 20 e poucos, que podem ser comprados com jogos de camisas e bolas. É bem fácil ser eleito presidente da CBF quando se tem dinheiro para comprar jogos de camisas e bolas.

Ricardo Teixeira é um mau elemento. Não precisa me processar, presidente. Mau é antônimo de bom, e elemento é apenas um substantivo, como abacaxi ou jarra. Mau porque não é um bom presidente, porque na Copa de 1994 a Receita Federal o pegou no pulo trazendo muamba, não sou eu que acuso, não precisa me processar, presidente. Mau porque escolheu Lazaroni e Dunga, porque foi sacana com Falcão e Leão.

Mau porque preside uma confederação de um esporte, o futebol, e aqui quer realizar uma Copa do Mundo de futebol, e o país cuja confederação ele preside não tem um estádio decente onde se possa jogar futebol. Não precisa me processar, presidente, digo isso baseado no fato de que todos os estádios da Copa de 2014 estão por ser construídos ou reformados.

Em 21 anos como presidente da confederação de futebol, portanto, Ricardo Teixeira não conseguiu que seu esporte tivesse um palco sequer apropriado para a prática do esporte cuja confederação ele preside.

Não se trata, aqui, de tabular resultados. Foram seis Copas das quais o Brasil participou sob sua gestão, ganhou duas, chegou a uma final, em outras três se deu mal. Isso tudo é normal, no esporte ganha-se e perde-se, não importa. Mas foi sob sua gestão que o futebol do interior do Estado de São Paulo morreu, e isso me parece preocupante, foi na sua gestão que a Fonte Nova desabou, foi na sua gestão que o Campeonato Brasileiro virou Copa João Havelange porque os clubes estavam brigando com não sei quem, foi na sua gestão que as torcidas uniformizadas viraram gangues de criminosos, foi na sua gestão que as bandeiras foram proibidas nos estádios paulistas, foi na sua gestão que se viu o maior êxodo da história de jogadores para a Europa, para a Ásia, para o Oriente Médio, foi na sua gestão que desapareceu o futebol do Norte e do Centro-Oeste, foi na sua gestão que pegaram juízes vendendo resultados, foi na sua gestão que os empresários-urubus invadiram os clubes para tomar deles os garotos em começo de carreira.

Assim, sinto-me à vontade para dizer que Ricardo Teixeira é um mau elemento, ou um mau presidente, ou um mau dirigente, como queiram, e sinto-me mais à vontade ainda para não gostar dele e, portanto, de nada do que sai de sua cabeça, porque o futebol brasileiro, resumindo, é uma merda: não tem estádios, os melhores jogadores não ficam aqui, a violência das torcidas é uma mazela, os horários dos jogos são o fim da picada e mais um monte de coisas.

Para mim, está na cara que tudo é culpa do Ricardo Teixeira. É ele o presidente da confederação que cuida do futebol. Se o futebol está uma merda, dou-me o direito de achá-lo um m… um mau elemento que não cuida do futebol.

Ele cuida de contratos. Com a Nike, com a Globo, com o Itaú, com a Brahma, com a Seara, com a TAM, com a Gillette, com a puta que o pariu. Não me interesso por contratos. A CBF virou uma empresa que administra contratos e que tem um produto, a seleção brasileira. Não passa disso. Caga para o futebol. Agora há pouco, aliás, a CBF acabou de devolver o comando da gestão midiática de sua seleção à TV Globo, numa melosa entrevista no canal Sportv, conduzida por Galvão Bueno, Renato Maurício Prado, Paulo César Vasconcelos e Arnaldo César Coelho, que passaram uma hora lambendo Ricardo Teixeira, depositando toda a culpa da má Copa em Dunga (que, se bem me lembro, foi escolhido por Ricardo Teixeira), que só virou vilão na Globo porque não deu privilégios à Globo, a única coisa que prestou em sua gestão.

Por isso, enquanto Ricardo Teixeira for o presidente da CBF, nada vai acontecer. E ele será, enquanto quiser. A não ser que…

A não ser que as pesoas de bem que militam no futebol reajam.

É preciso que as pessoas de bem que militam no futebol se manifestem. Assim: Felipão é chamado para a seleção; não aceita, e diz porquê. Leonardo, o do Milan, idem: convoca uma coletiva e diz que não quer, porque não pode servir a alguém como Ricardo Teixeira. Mano Menezes é convocado: responde que não pelo Twitter, para todo mundo saber que não tem a menor intenção de ser funcionário de uma empresa que administra contratos e não liga para futebol.

E jogadores poderiam recusar convocações, e torcedores poderiam se recusar a comprar camisetas amarelas, e as emissoras de TV poderiam se recusar a transmitir os jogos do time da CBF, e aí o Ricardo Teixeira iria à falência, ou entregaria o cargo.

E aí o governo federal poderia baixar uma norma através de seu Ministério de Esportes proibindo qualquer confederação esportiva de ter presidentes que permaneçam no cargo por mais de duas gestões, algo fácil de se fazer, para que o futebol, quem sabe, caia nas mãos de gente boa, honesta, respeitada.

Para que um dia, quem sabe, a CBF possa ser presidida pelo Zico, ou pelo Sócrates, ou pelo Raí, ou pelo Rogério Ceni, ou pelo Marcos, ou pelo Paulo Autuori, ou pelo Mano Menezes, ou pelo Tostão, ou pelo Xico Sá, por gente que vive ou viveu do e no futebol, e não por alguém como Ricardo Teixeira, que só está lá há 21 anos porque era genro de João Havelange, outro elemento que adora o poder eterno, para que a seleção brasileira volte a ser formada por jogadores do Flamengo, do Corinthians, do Palmeiras, do Galo, do Inter, do São Paulo, do Santos, do Fluminense, para que a seleção brasileira use camisetas da Penalty ou da Lupo, jogue no Maracanã, no Morumbi, no Beira-Rio, no Couto Pereira, no Mineirão, e não em Londres, para onde não posso ir com tanta frequência assim.

Autor: Flavio Gomes

domingo, 4 de julho de 2010

CYBERBULLYING PUNE MÃE DO RESPONSÁVEL

Agora que abriu jurisprudência Já era !

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/07/02/mae-e-condenada-por-bullying-praticado-por-filho-no-rs.jhtm

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou nesta semana a
mãe de um adolescente que cometeu cyberbullying (uso de meios
eletrônicos para comportamento hostil). O menor criou uma página na
internet com a finalidade de ofender um colega de classe. A mãe terá de
pagar indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil, corrigidos
monetariamente.
De acordo com a Justiça, a vítima entrou com uma ação na cidade de
Carazinho, alegando que fotos suas foram copiadas e alteradas, dando
origem a um fotolog (espécie de diário fotográfico online) criado em seu
nome. Na página, foram postadas mensagens levianas e ofensivas, segundo
a vítima. Além disso, foram feitas montagens fotográficas nas quais o
autor é retratado em cenas constrangedoras.
Segundo ele, após muita insistência e denúncias por mais de um mês, o
provedor cancelou o fotolog. Na sequência, o autor começou a receber
e-mails com conteúdo ofensivo, razão pela qual providenciou registro de
ocorrência policial e ingressou com ação cautelar para que o provedor
fornecesse dados sobre a identidade do proprietário do computador de
onde as mensagens foram postadas, chegando ao nome da mãe de um colega
de classe.
Os fatos ocorreram enquanto o autor ainda era adolescente e, segundo
ele, foram muito prejudiciais, havendo necessidade de recorrer a auxílio
psicológico. Por essas razões, sustentou que a mãe do criador da página
deveria ser responsabilizada já que as mensagens partiram de seu
computador, bem como o provedor, por permitir a divulgação do fotolog.
No 1º Grau, a Juíza de Direito Taís Culau de Barros, da 1ª Vara Cível
de Carazinho, condenou a mãe ao pagamento de indenização por dano moral
no valor de R$ 5 mil e descartou a responsabilidade por parte do
provedor de internet. "Os fatos são claros: em face da ausência de
limites que acomete muitos jovens nos dias de hoje, vide os inúmeros
casos de bullying e inclusive atrocidades cometidas por adolescentes que
vêm a público, o filho da ré, e quem sabe outros amigos, resolveram
ofender, achincalhar, e quiçá, fazer com que o autor se sentisse bobo
perante a comunidade de Carazinho", diz a sentença.



Att
Helez C. Merlin
Leia
http://amamosfisica.blogspot.com
www.eadlab.com/fisica
Física, Música e Afins.

YEDA TROCOU VOTOS POR OBRAS

Deputado diz que Yeda trocou votos por obras e revela quem foram alguns dos beneficiados

O deputado estadual Edson Brum (PMDB) revelou ao Jornal do Povo, de Cachoeira do Sul (edição de 18/06/2010), um esquema de troca de votos de parlamentares na Assembléia por obras no interior do Estado, patrocinado pela governadora Yeda Crusius (PSDB). Ao defender a paternidade do asfaltamento da RS 403 (estrada que liga Cachoeira do Sul a Rio Pardo), Brum, cujo lema do mandato é “Política consciente e ativa”, revelou:

“Em troca de votar a favor do projeto de lei que cortou o ponto dos professores grevistas no ano passado, os deputados ganharam da governadora Yeda Crusius o direito de escolher uma obra. Eu escolhi a RS 403. Já a Zilá pediu pavimentação em uma estrada da cidade dela (Três Passos) e o Brito beneficiou a região centro-serra.”

A confissão descuidada do parlamentar, que aparentemente considera absolutamente normal a troca de votos, ilustra no detalhe o chamado “novo jeito de governar” de Yeda Crusius. Entusiastas da transparência, os parlamentares poderiam informar à sociedade qual foi a moeda de outros votos e por que eles tiveram que “ganhar” uma obra para votar numa determinada proposta. E a governadora, que possui uma noção peculiar acerca da democracia, poderia esclarecer quais outras obras foram utilizadas para “convencer” parlamentares em determinadas votações. A maioria dos prefeitos do Rio Grande do Sul, que não foi agraciada com esse comércio de votos, e pode ficar curiosa acerca de como o esquema funciona e quais foram os principais beneficiados.

Outra informação curiosa fornecida pelo deputado Edson Brum é a de que uma das principais lideranças do governo Yeda na Assembléia, a deputada Zilá Breitenbach (PSDB) precisou de uma “ajuda” para votar um projeto do interesse de sua governadora. Lealdade é isso aí…

sábado, 3 de julho de 2010

O ABANDONO DO ARAÚJO VIANA DO SUL 21

Josias Bervanger

josiasbervanger@sul21.com.br

Há cinco anos o Auditório Araújo Vianna está fechado. Dois anos depois, em 2007, a Prefeitura anunciou sua recuperação. Porém hoje o histórico auditório é um depósito de lixo e albergue para moradores de rua. Os tapumes colocados recentemente não conseguem esconder o descaso.

A empresa ganhadora da licitação para reforma do Araújo Vianna responde a processo no Ministério Público. Em fevereiro de 2010, a vereadora petista Sofia Cavedon solicitou a 5ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio esclarecimentos por escrito sobre o processo crime que envolve a Opus Assessoria e Produções Artísticas Ltda. Como resposta, o promotor Cesar Luis de Araújo Faccioli disse, por e-mail, que “foi decretado o sigilo de investigação”. Ainda de acordo com a resposta do promotor, "o expediente corre sob a presidência do Dr. Eduardo Tedesco, titular da 5ª Promotoria."

A Promotoria de Patrimônio Público do MP/RS também já fez notificações à Prefeitura de Porto Alegre, solicitando informações sobre as denúncias de abandono do Auditório Araújo Vianna. A vereadora Sofia informou ao Sul 21 que foi feita reunião com a Comissão de Cultura da Câmara em fevereiro. “Os promotores Cesar Luís de Araújo Faccioli e Edes Ferreira dos Santos Cunha nos disseram que os pedidos de informação não foram respondidos”, diz a vereadora.

Em meio aos questionamentos, o Termo de Permissão de Uso Parcial de Bem Público firmado entre a Administração Municipal e a empresa permissionária dá algumas pistas que podem explicar o abandono e a demora no início das obras. Uma delas é sobre a flexibilidade na exigência de cumprimento dos prazos por parte da empresa ganhadora. No item 1.5 do objeto do contrato - que trata do prazo para a execução da obra - ao mesmo tempo é colocado uma exigência para a execução e uma flexibilização nesse limite, sem estabelecer novos prazos. “A Permissionária deverá executar e concluir as obras de cobertura e reforma interna e externa do prédio no prazo máximo de 18 (dezoito) meses, prorrogáveis por acordo entre as partes”, diz o texto.

Outro fato que chama a atenção é o cerceamento a atividades cívicas. No item 1.2 se lê que “é vedado o uso do imóvel para atividades diversas das estabelecidas na subcláusula 1.1, especialmente a realização de propaganda político-partidária e atividades de cunho religioso e sindical”.

Araújo Vianna abandonado

Ferrugem nas grades, paredes repletas de musgo, vidros quebrados e lixo de todo o tipo, por todos os lados. Do lado de fora a grama avança tomando o lugar do calçamento arrebentado pela falta de manutenção. O cenário faz parte de um espaço que já foi referência da cultura em Porto Alegre. Na atual paisagem, o colorido e o poético ficam por conta de um ninho de caturritas que ocupou a torre do prédio abandonado.

Fechado em abril de 2005, o Araújo se transformou num símbolo do descaso do poder municipal com a cultura em Porto Alegre. O que se consagrou como um espaço tradicional que recebeu grandes shows musicais, como João Gilberto, Caetano Veloso, e palestras de nomes consagrados, como o escritor português e prêmio Nobel de Literatura José Saramago, hoje está de portas fechadas.

Segundo o presidente do Conselho Municipal de Cultura, Paulo Roberto Guimarães, em reunião do órgão (em fevereiro) que justamente tratou do tema do auditório, o secretário de Cultura, Sergius Gonzaga, responsabilizou a Secretaria de Obras e Viação pela demora do início da reformulação do espaço. “O secretário fez um ‘mea culpa’ e disse que o processo de liberação ficou 18 meses parado na Smov”, afirma Guimarães.

Nestes cinco anos em que o auditório permanece fechado, diversas declarações dos gestores municipais prometendo o início das obras de reformulação formaram um verdadeiro recital do abandono.

O Sul 21 tentou entrevistar o secretário de Cultura do município, Sergius Gonzaga, sobre o episódio, mas até o fechamento da matéria não foi possível falar com ele. Além disso, foram enviadas perguntas por e-mail para a assessoria de imprensa da SMC. A secretaria de Obras e Viação também foi contatada, mas afirmou que a obra já está liberada desde o ano passado e o assunto é um tema da Secretaria de Cultura.

A cronologia do atraso

Em maio de 2007, a Prefeitura anunciou a empresa vencedora da licitação para o uso do espaço, a Opus Produções. Dentre as obrigações desta, estariam a reforma interna (climatização, palco, cadeiras, banheiros, camarins e áreas de apoio) e externa, (cobertura acusticamente tratada para evitar transtornos aos moradores da área e melhorias no entorno do Araújo Vianna). Em troca, a Opus teria o direito de explorar comercialmente o auditório em 75% dos dias disponíveis, anualmente, e por um período limite de dez anos. O prazo de execução da obra seria de 18 meses, conforme anunciou a Prefeitura. O acordo ainda previa o uso, pela permissionária, de três salas e a exploração de espaços publicitários na parte externa.

Em maio de 2008, a Prefeitura de Porto Alegre noticiava que as reformas iniciariam em breve: “no final de junho deve iniciar a construção e a montagem do canteiro de obras. A previsão de conclusão da obra, segundo estimativas do secretário, é para o final de março do ano que vem (durante a Semana de Porto Alegre), se a previsão do tempo ajudar.”

Em setembro de 2008, novamente, a Administração Municipal afirma que as reformas terão inicio. Em uma matéria intitulada “Reforma do Araújo pode começar em 60 dias”, postada no site da Prefeitura de Porto Alegre, foi anunciada mais uma vez o início dos trabalhos no local.

“Em 18 meses a reforma que dará um teto definitivo e climatização ao Auditório Araújo Vianna deverá estar pronta.”, diz o texto que ainda citava a ordem de assinatura da obra pelas partes envolvidas: o secretário de Cultura de Porto Alegre, Sergius Gonzaga, e integrantes da Opus Produções. A mesma matéria ainda afirma que o secretário de Cultura formou um grupo de gestores para dar “agilidade” ao processo de reforma do espaço.

“Sergius Gonzaga informou que um grupo interdisciplinar de trabalho, envolvendo as secretarias de Planejamento (SPM), de Meio Ambiente (Smam) e Obras e Viação (Smov), será formado para dar agilidade ao Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU), tão logo o detalhamento do projeto seja entregue pelos arquitetos. A partir deste momento, estimado em torno de 60 dias, a obra estrutural poderá ser iniciada”, diz a notícia.

Em 2009, os anúncios de início das obras se sucedem na imprensa gaúcha, assim como em 2010. “Mais uma etapa vencida para as obras da cobertura do Auditório Araújo Vianna. A Comissão de Análise Urbanística e Gerenciamento (Cauge) da Secretaria do Planejamento Municipal aprovou, ontem, 13, o Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) da construção que oferecerá melhores condições de acústica e mais segurança.”, diz a Prefeitura em maio de 2009.

Audiovisual: assita o vídeo do jornal Sul21 sobre o descaso com o Auditório Araújo Vianna.