segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A ORLA DE PORTO ALEGRE E A COPA DE 2014

Os que me conhecem sabem que não compartilho com os ideais do governo que está instalado no Piratini ainda mais as opiniões do Secretário em tela, mas a idéia de ações de revitalização da orla do Guaíba é algo que devemos pensar aproveitando as obras de infraestrutura que serão realizadas para a COPA 2014, desde que devidamente respeitadas e integradas as questões ambientais, pensando nisso posto o texto a seguir para reflexões, boa leitura.
Jefferson

A orla de Porto Alegre e a Copa 2014
Em artigo, secretário gaúcho defende a integração de ações nas cidades ribeirinhas
Região das docas, em Porto Alegre (crédito: Paulo Roberto)
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Paulo Odone de Araújo Ribeiro*
postado em 15/03/2010 18:57 h
atualizado em 09/08/2010 12:36 h

A sanção do projeto de revitalização do Cais Mauá pela prefeitura de Porto Alegre, no começo de março, encerrou uma etapa de plenos esforços da capital e do governo do estado. Representa um momento histórico para todos os gaúchos, que finalmente poderão desfrutar um de seus mais belos cartões-postais. Significa, ainda, um incentivo para que levemos um projeto de desenvolvimento para as orlas de outros municípios. Agindo dessa forma, com a intenção de agrupar diferentes visões em favor do bem comum do estado, damos um passo fundamental para fazer da Copa do Mundo 2014 um momento inesquecível. Para isso, é imprescindível que exista uma consciência conjunta sobre a necessidade de integração entre os municípios da orla do Guaíba e da região do Delta do Jacuí.

Tendo em mente essa concepção de unificar esforços e expandir ações, no último sábado a Secretaria da Copa do estado promoveu, pela orla do Guaíba, uma visita técnica que contou com a presença de um representante do Banco Mundial, o egípcio Sameh Wahba. O objetivo era avaliar um possível tratamento de revitalização da orla não apenas de Porto Alegre, mas também da Região Metropolitana. Mostrando que a causa mobiliza grande parte dos gaúchos, compareceram prefeitos e representantes de Barra do Ribeiro, Guaíba, Eldorado do Sul, Porto Alegre, Canoas, Triunfo e Nova Santa Rita.

Esse futuro projeto deve contemplar a integração das orlas metropolitanas pelo viés da sustentabilidade – turística, econômica e ambiental, com os municípios fazendo parte de um planejamento detalhado que permita a cada um oferecer seus atrativos particulares. Seria uma revolução no potencial turístico e econômico da Região Metropolitana. Para que isso ocorra, no entanto, é preciso que trabalhemos unidos e com afinco, independentemente das preferências partidárias. Porque a realização do Mundial no Brasil não resolve automaticamente os nossos problemas, mas é indiscutível que se trata de um gatilho para solucionar questões históricas de infraestrutura.

O ideal é que o resultado dessa empreitada seja sentido de forma imediata já em 2014, quando Porto Alegre sediará jogos da Copa do Mundo. Evidentemente, o Rio Grande receberá um grande contingente de turistas ansiosos por alternativas de cultura, gastronomia e lazer, querendo conhecer a fundo tudo que o estado tem a oferecer. Na Alemanha, em 2006, por exemplo, de cada 10 turistas, apenas quatro assistiram aos jogos no estádio. O restante viajou para lá com o objetivo único de aproveitar as Fan Fests, conhecer as cidades e vivenciar o clima do Mundial.

Esse é o tipo de iniciativa que estamos privilegiando ao pensar na preparação do estado para 2014. Porque mais importante do que tornar-se um acréscimo nas opções voltadas para o turismo durante o Mundial é que, no futuro, as orlas renovadas permanecerão à disposição de todos gaúchos.

*Paulo Odone é Secretário Extraordinário da Copa 2014 no Rio Grande do Sul

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